quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Às pessoas fingidas


Perder tempo com pessoas erradas, é o apanágio da minha existência. Um tempo que me é irrecuperável e que podia investir tanto nas pessoas certas, como num prazer solipsista qualquer.

Dar crédito a pessoas que não demonstram interesse ou não retribuem a cortesia é um ciclo de pura estupidez e completamente opcional.

Não sei, por que razão teimo em acreditar, que sou capaz de criar amizades sustentáveis, com a expectativa, sempre apelativa de que estariam dispostas a fazer por mim o que eu, prontamente, faria por elas?!

Graças a estas pessoas de “faz de conta”, de contínua hipocrisia e de sentimento fingido, pessoas de momentos, de promessas vazias e de falso galanteio, vou acumulando conhecimentos e tirando notas, para mais tarde poder decidir sobre a personalidade de alguém que me coloque na mesma inquietação.

Não me tenho como perfeita, e estou longe da ser a melhor pessoa do mundo, mas condeno severamente quem se faz passar por superior e com mentiras (cujas verdades já conheço) desvairadas e astuciosamente entregues.

Não podemos depender da amizade dos outros, simplesmente porque o conceito de amizade desgastou-se, perdeu o significado, deixou de ter espaço, tornou-se inconveniente e incómoda, pronta a ser usada apenas quando lhes convém.

Eu insisto e persisto em acarinhar quem gosto, eu peço desculpa, eu digo por favor, eu agradeço o tempo que me dedicam e preocupo-me genuinamente com o seu bem-estar, porém quando vejo que é num sentido unilateral, desisto e o desapego instala-se para sempre. Sou de amizade irrecuperável.

E depois desta exposição e num ato bem refletido, como um balanço que se faz, vou eliminar alguns contactos sem lhes conceder o direito à devida advertência, apenas o silêncio que me oferecem, mas em dobro!

E sim, faz-me sentir bem melhor!


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