Perder
tempo com pessoas erradas, é o apanágio da minha existência. Um tempo que me é
irrecuperável e que podia investir tanto nas pessoas certas, como num prazer solipsista
qualquer.
Dar
crédito a pessoas que não demonstram interesse ou não retribuem a cortesia é um
ciclo de pura estupidez e completamente opcional.
Não
sei, por que razão teimo em acreditar, que sou capaz de criar amizades
sustentáveis, com a expectativa, sempre apelativa de que estariam dispostas a
fazer por mim o que eu, prontamente, faria por elas?!
Graças
a estas pessoas de “faz de conta”, de contínua hipocrisia e de sentimento
fingido, pessoas de momentos, de promessas vazias e de falso galanteio, vou
acumulando conhecimentos e tirando notas, para mais tarde poder decidir sobre a
personalidade de alguém que me coloque na mesma inquietação.
Não
me tenho como perfeita, e estou longe da ser a melhor pessoa do mundo, mas
condeno severamente quem se faz passar por superior e com mentiras (cujas
verdades já conheço) desvairadas e astuciosamente entregues.
Não
podemos depender da amizade dos outros, simplesmente porque o conceito de
amizade desgastou-se, perdeu o significado, deixou de ter espaço, tornou-se
inconveniente e incómoda, pronta a ser usada apenas quando lhes convém.
Eu
insisto e persisto em acarinhar quem gosto, eu peço desculpa, eu digo por
favor, eu agradeço o tempo que me dedicam e preocupo-me genuinamente com o seu
bem-estar, porém quando vejo que é num sentido unilateral, desisto e o desapego
instala-se para sempre. Sou de amizade irrecuperável.
E depois
desta exposição e num ato bem refletido, como um balanço que se faz, vou
eliminar alguns contactos sem lhes conceder o direito à devida advertência,
apenas o silêncio que me oferecem, mas em dobro!
E
sim, faz-me sentir bem melhor!
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