Pediste-me
uma revelação, querias algo único, querias que me partilhasse.
Pareceu-me
mais, que pretendias ouvir de mim uma resolução, algo que não fosse
exclusivamente meu, mas que te incluísse nalgum contorno daquilo que há de teu
em mim.
Não
me revelo. Não me podes perscrutar.
E
se eu te revelasse algo que te afastaria de mim?! Algo com o qual não soubesses
lidar? Algo a que o teu pensamento ficaria preso, subjugado a considerações que
te levariam a ponderar o pouco que ainda ignoras em mim?
As
revelações podem ser um meio de tornar as pessoas cúmplices e mais próximas,
porém, podem também ser um gume de afastamento e de acautelamento imediato.
Depois
disto, ficarás a pensar que género de revelações guardo em mim e que relutância
é esta, que me impede de partilhar abertamente?
Não
é o momento… (ainda)
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