quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Hardest Of Hearts



Uma coisa é ouvir esta música, outra coisa é senti-la e compreender o poema. Por esta razão, optei pela versão legendada, assim não se perde nada e até se pode refutar o tema.

O coração tem uma linguagem própria, tão camuflada que por vezes nem nós mesmos entendemos o que nos está a dizer.
E para quem tem dificuldades no entendimento desta linguagem, pode tirar daqui algumas evidências.

Quem pode negar, que há amor dentro de nós, que não conseguimos abafar, controlar e que de alguma forma ele acaba por se denunciar, denunciando-nos em gestos, olhares, toques, frases?

Quem pode negar, que o amor mais doce deixa marcas profundas, enraizadas no mais íntimo de cada um de nós?

Quem pode negar, que um beijo desejado, mas inesperado pode virar o nosso mundo ao contrário?

Quem pode negar, o número de vezes que queremos dizer a alguém o quanto gostamos dessa pessoa e nos fica preso na garganta de tal modo, que quando o vamos dizer sai algo totalmente inusitado e disperso? No entanto, fica em “loop” na nossa cabeça, a endoidecer-nos, a corroer-nos de dentro para fora.

E estas emoções recalcadas, estas palavras por dizer, tornam-se numa amarga angústia, um peso no peito, um medo de serem descobertas, expostas e não correspondidas.

E quando por fim descobrimos que essa pessoa sente por nós o que sentimos por ela, constatamos como fomos tontas e como nos deixamos paralisar por conjeturas do nosso próprio cérebro. É surreal!

E perdemos um tempo fabuloso a negligenciar o coração, quando podíamos viver uma paixão, ou um amor intenso que nos faria renascer sob outro registo que não o habitual.



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