Uma
coisa é ouvir esta música, outra coisa é senti-la e compreender o poema. Por esta
razão, optei pela versão legendada, assim não se perde nada e até se pode
refutar o tema.
O coração
tem uma linguagem própria, tão camuflada que por vezes nem nós mesmos
entendemos o que nos está a dizer.
E para
quem tem dificuldades no entendimento desta linguagem, pode tirar daqui algumas
evidências.
Quem
pode negar, que há amor dentro de nós, que não conseguimos abafar, controlar e
que de alguma forma ele acaba por se denunciar, denunciando-nos em gestos,
olhares, toques, frases?
Quem
pode negar, que o amor mais doce deixa marcas profundas, enraizadas no mais íntimo
de cada um de nós?
Quem
pode negar, que um beijo desejado, mas inesperado pode virar o nosso mundo ao
contrário?
Quem
pode negar, o número de vezes que queremos dizer a alguém o quanto gostamos
dessa pessoa e nos fica preso na garganta de tal modo, que quando o vamos dizer
sai algo totalmente inusitado e disperso? No entanto, fica em “loop” na nossa
cabeça, a endoidecer-nos, a corroer-nos de dentro para fora.
E estas
emoções recalcadas, estas palavras por dizer, tornam-se numa amarga angústia,
um peso no peito, um medo de serem descobertas, expostas e não correspondidas.
E quando
por fim descobrimos que essa pessoa sente por nós o que sentimos por ela,
constatamos como fomos tontas e como nos deixamos paralisar por conjeturas do
nosso próprio cérebro. É surreal!
E perdemos
um tempo fabuloso a negligenciar o coração, quando podíamos viver uma paixão,
ou um amor intenso que nos faria renascer sob outro registo que não o habitual.
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